Caro Jairo, do Acre pela primeira vez visualizei seu site. Fernando Monteiro foi que me mandou. Convido você, como bom cinéfilo, a participar da sondagem sobre os 10 melhores faroestes que assistiu. Acesse meu Blog www.cenasecoisasdavida.blogspot.com - e veja a relação dos participantes. Vou indicar sua Livraria aos bons acreanos. Um abração, Pedro Vicente.
O poeta, dramaturgo, livreiro e cinéfilo de carteirinha assim respondeu:
N.K. Obrigado, amigo. Vou tentar me lembrar de alguma coisa que assisti na matinê do Cine Bandeirantes, em Arcoverde, a "capital do sertão" de Pernambuco. Um sábado tinha western, no outro chanchada da Atlântida. Só um exame de DNA, suponho, vai explicar porque eu fui o único menino que não gostava de bang-bang (adorava chanchadas!) nem dos desenhos de Walt Disney. E como minha ignorância é sólida e conseqüente, continuo não gostando do gênero, salvo de algumas obras-primas do Mestre John Ford, brilhante exceção no que considero a regra de um estilo que me parecia tão previsível a ponto de achar que quem viu um western viu todos. Na verdade, os faroestes que vi foram, simplesmente, para poder assistir aos "seriados” que vinham depois da exibição do filme, estes, sim, motivo de encantamento e emoção, sobretudo quando o "perigo do fim", sucedido pelo desapiedado e frustrante letreiro "veja na próxima semana" me levava a economizar os tostões das balas, que se chamavam confeitos, da pipoca, do quebra-queixo e do Gibi para pagar o ingresso que Seu Otacílio Moraes cobrava para deixar-me entrar na sua sala mágica, quente e escura, cheirando a cera Cachopa.
Um comentário:
Provocação n. 1
Caro Jairro, é muito estranho não gostar de faroeste. Como você diz: só exame de DNA. Em você se aplique a letra do Caymmi: Quem não gosta de samba, bom sujeito não é. É ruim da cabeça ou doente do pé. Como você é um grande sujeito e bom de carater e cabeça, só pode estar doente do pé.
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