Jaci Bezerra Lima |
MASTRO DE BANDEIRA SEM BANDEIRA
O seu país não é esse, o seu país
é uma palavra que sonha enquanto avança
no tempo e quer alcançar, mas não alcança,
com a inútil intenção de ser feliz.
Uma palavra em paz que de diversos
modos carrega em si e não se apaga;
e é a mesma palavra quando amarga
ou fica longe, embora estando perto.
Verdade que não cabe no seu metro
nem no seu ritmo; só cabe na ternura
ou na vadia esperança que perdura
no mar azul-anil do seu afeto.
Afinal em que metro caberia
ou em que ritmo uma palavra que se abre
em ave e flor e, no instante em que se abre,
mais do que pensamento é poesia?
O seu país não é esse, é outro: o seu
país é o que sente e anda pensando,
e um sentimento mais que leve, brando,
sonhando entre o que vive e o que perdeu.
Jaci Bezerra Lima. Poeta, romancista e ensaista. Este foi poema publicado no Jornal “O Galo” ( Natal-RN, em março/1997) com dedicatória a Pedro Vicente Costa Sobrinho.
O seu país não é esse, o seu país
é uma palavra que sonha enquanto avança
no tempo e quer alcançar, mas não alcança,
com a inútil intenção de ser feliz.
Uma palavra em paz que de diversos
modos carrega em si e não se apaga;
e é a mesma palavra quando amarga
ou fica longe, embora estando perto.
Verdade que não cabe no seu metro
nem no seu ritmo; só cabe na ternura
ou na vadia esperança que perdura
no mar azul-anil do seu afeto.
Afinal em que metro caberia
ou em que ritmo uma palavra que se abre
em ave e flor e, no instante em que se abre,
mais do que pensamento é poesia?
O seu país não é esse, é outro: o seu
país é o que sente e anda pensando,
e um sentimento mais que leve, brando,
sonhando entre o que vive e o que perdeu.
Jaci Bezerra Lima. Poeta, romancista e ensaista. Este foi poema publicado no Jornal “O Galo” ( Natal-RN, em março/1997) com dedicatória a Pedro Vicente Costa Sobrinho.
Nenhum comentário:
Postar um comentário