Salão de Sinuca (Snoocker) |
As casas de jogos de
sinuca e bilhar espalhavam-se por quase todas as cidades de Pernambuco. Difícil
seria encontrar amigos de minha geração que não tenham frequentado essas salas
e feito o seu aprendizado com maior ou menor aproveitamento no jogo do bilhar
ou sinuca. Em Jaboatão, suponho eu aos sete anos, juntamente com o amigo de escola Levi, ao voltar
do Grupo Escolar Maria Goretti, onde estudávamos o curso primário, sempre
dávamos uma parada na calçada de um salão de jogos que ficava no Beco de Colônia, para
observar por alguns instantes, através de portas gradeadas, as mesas e os
jogadores a disputar partidas de sinuca ou bilhar. Os jogos de sinuca e bilhar
eram proibidos aos menores de 18 anos, portanto, nosso desejo de vir a ter
acesso ao salão era até então um sonho bem distante.
1955, quando então
frequentava a terceira série do curso primário na escola municipal Humberto
Lins Barradas, conhecido como Barracão, eu conheci colegas de sala de
aula que tinham pequenas mesas de sinuca e, vez por outra, eles me convidavam
para jogar em suas casas. Logo aprendi
as regras do jogo, e facilmente passei a vencer os meus colegas de classe. Na
minha casa éramos acostumados à noite a jogar dominó, firo, víspora, bingo,
damas ou baralho: relancinho, pôquer, sueca e buraco. Nunca tivemos grana pra comprar uma
mesinha de sinuca. Aprendi a jogar bem muitas modalidades de jogos, mas, apesar de muito esforço, eu nunca aprendi a jogar xadrez, de damas até que fui um razoável jogador. Meu pai gostava de jogar bilhar, gamão e baralho; porém era mesmo um
viciado no carteado, às vezes jogava dias seguidos, varando noites sem dormir em
sua casa ou na casa de amigos, mediante apostas em dinheiro vivo.
Paul Newman: cena do filme Desafio a Corrupção |
1957, já morando em
Ribeirão, fiz melhor um aprendizado na sinuca; mesa de padrão oficial para amadores e
profissionais. Meu instrutor foi seu Joaquim, um dos bons amigos que tive na
cidade; ele, eu e Miranda saíamos, vez por outra, à noite para jogar sinuca e nos
sábados e domingos quase sempre, pois em Ribeirão o jogo era tolerado para
menores, desde que não houvessem apostas. Logo eu comecei a ganhar fácil dos meus
parceiros, pro seu Joaquim eu cheguei a oferecer 40 pontos de vantagem, e pro
Miranda nada menos que 30 pontos. Sempre os vencia, eram considerados por mim
pixotes; todavia nunca apostamos nada, nem o pagamento do aluguel da mesa, tudo era
parcimoniosamente dividido entre os três amigos, vencedor e vencidos. A
popularidade do jogo era grande na cidade, havia três salões com mesas de
sinuca e bilhar; dois deles ficavam na Rua João Pessoa, seus proprietários eram um certo Miranda, que
alugava bicicletas, e seu Isaque, gerente do Cine Arte. O outro, estava
instalado no Bar e Hotel Ponto Chic, na Rua Major Moura, defronte ao Clube Intermunicipal de
Ribeirão, o proprietário era seu Araújo, animador do grupo folclórico As
Cambindas. Nunca joguei no salão do Hotel Ponto Chic, mas sempre que podia
ficava horas na janela do bar peruando as partidas de sinuca ou bilhar. Meu pai
gostava de ir jogar nesse salão, mediante apostas com pessoas do seu círculo de
relações de amizade.
1959, quando comecei a
estudar à noite na Escola Técnica de Comércio de Ribeirão, minhas idas ao salão
de jogos ficaram restritas aos sábados e domingos, e nos tempos livres das sessões de cinema
que era então minha diversão preferida. O futebol também interferia,
principalmente quando acontecia transmissão pelo rádio de jogos do
Santa Cruz, time para o qual torcia.
Jackie Gleason: Cena do filme Desafio a Corrupção |
Em Ribeirão não havia
grandes jogadores de sinuca e bilhar. Eu pessoalmente gostava do estilo de jogo
de Antonio, balconista de A Caçula, depois meu colega de trabalho na mesma firma que pertencia a
José Gomes, amigo de meu pai. Jogamos algumas partidas juntos, pau a pau, na
maioria das vezes fui o vencedor. Por não ser viciado em apostas, eu me tornei
um apreciador qualificado do jogo de sinuca, bilhar nem tanto. Eram escassas em
Ribeirão boas disputas de sinuca, com
bons jogadores a exibir sua mestria com o taco. Os jogadores profissionais que
viam de fora não exibiam a plenitude de seu jogo, pois lá chegavam acompanhados de
parceiros de araque, cujo objetivo era esvaziar o bolso dos incautos apostadores
locais, jogando contra eles ou simulando partidas com seus tapias. No meio do
ano, e principalmente nas férias escolares de fim de ano, Del, filho de Aluizio,
dentista na cidade, voltava de Recife onde estudava, e daí então a gente podia
assistir bons jogos de sinuca. Del era um virtuose. Conhecia todas as manhas da
mesa, encestava bem, colocava o parceiro em sinucas quase sem saída, saía de
sinucas quase impossíveis usando com precisão as tabelas, ainda se ficava muito bem, não dando
oportunidade para que as bolas fossem postas sob a mira do adversário para ser encestadas. Aproveitava
qualquer erro do desafiante para fechar o jogo. Assisti algumas vezes ele
começar encestando desde a bola dois e ir até a sete. Não havia adversário
local, os mais afoitos levavam até vinte pontos de vantagem. Um Lourinho, de apelido Alemão, que
trabalhava com Miranda, dono de um dos salões, jogava até bem, mas não era páreo pro
Del. Nunca joguei contra Del, eu sabia dos meus limites, e preferia apreciá-lo
enquanto platéia. O tal Lourinho se me oferecesse até 20 pontos de vantagem,
certamente eu não seria adversário fácil de por ele ser vencido. Del também era um bom jogador de futebol, se me lembro,
centro- avante; sempre que estava na cidade eu ia assistir às partidas do seu time, salvo engano, O SESI, mas somente
quando ele estava em campo. Ele veio a jogar no Santa
Cruz Futebol Clube, em Recife, no campeonato estadual na posição de atacante, ponta direita titular, todavia era um craque muito indisciplinado, e isso, certamente, foi a causa de sua frustrada carreira no futebol profissional. Na minha última ida
a Ribeirão, eu tive notícias de que ele agora era dono de empresa comercial na
cidade, futebol e sinuca pra ele provavelmente devem ser coisas do passado.
A Cor do Dinheiro: Paul Newman e Tom Cruise |
1961. No meio do ano eu
estava de volta a Jaboatão. Viera morar na casa de tia Neném e do avô Chico
Antonio. Conseguira depois de muitas idas e vindas de tia |Neném uma vaga na
Escola Técnica de Comércio de Recife, mais conhecida como cabaré de Soares,
ficava no Cais José Mariano, próxima da Ponte Velha. Afora os distritos de
Cavaleiro e Prazeres, na cidade havia dois salões de sinuca e bilhar; o mais
antigo e já mencionado, estava instalado no Beco de Colônia, pertencente ao
sargento Mergulhão, o outro ficava na Rua Visconde de Rio Branco, vizinho a
Alfaiataria de José Gaiolão, de quem me tornei amigo, e a quem eu muito admirava. Zé era conhecido como o mais tradicional líder comunista da cidade. Logo
que cheguei na cidade eu ia, vez por outra, peruar jogos nos dois salões. Quando
eu comecei a trabalhar no comércio: Café Leão do Norte e depois Café Ouro
Preto, então, passei regularmente a frequentar nas minhas folgas esses salões.
Poucas vezes joguei mediante apostas, ia mais para apreciar a exibição de grandes jogadores de sinuca, e
Jaboatão tinha muito dos bons. Na sala sinuca de Mergulhão, havia dois que eu
gostava de ver jogar, Nil, ferroviário, e
um tal de Alemão, engraxate; este cheio de manha e que encestava como poucos.
Nil era mais sóbrio, jogava com cautela, arriscava pouco, colocava o adversário em sinucas, e
se ficava muito bem, não dando brechas para grandes tacadas. Joguei somente uma
vez com Alemão, levei vinte pontos de vantagem, facilitei e ele fechou o jogo,
desde a bola três à bola sete. A minha vantagem àquela altura era de trinta
cinco pontos. Ele encestou a três, bola da vez, a cinco duas vezes; colocou na
mira a quatro, puxou para cinco que rolou pra cesta duas vezes; colocou-se e meteu
a seis duas vezes, pôs a sete na mira
que rolou pra caçapa por duas vezes. Jogo fechado, 53 pontos redondos, dezoito de
vantagem, fiquei a ver navios. Nunca eu assisti a desejada partida entre Alemão
e Nil, e eles não poucas vezes se desafiavam.
Mesa de sinuca com medidas oficiais |
Na outra sinuca, da Rua
Visconde de Rio Branco, havia quatro jogadores excepcionais; até melhores que a
turma do Beco de Colônia. Ari, filho de Zé Gaiolão, Luis Peixoto, fiscal da
Prefeitura, Esmeraldo, filho do gerente do salão de jogos, e Amaro, cujo
apelido era Cu de Apito. Luís e Ari se igualavam, pau a pau. Amaro e Esmeraldo
eram soberbos. Esmeraldo era de uma elegância sem par, calmo, seguro, cauteloso, discreto, cerebral, não
sujava a roupa com giz, não maltratava o taco, não xingava o adversário. Suas
tacadas eram pequenas, não corria riscos atoa, saia de sinucas com facilidade, punha
a bola em ficadas com mestria, mas também encestava muito bem. Amaro, por sua
vez, era um encestador perigoso, os seus adversários não permitiam que ele
iniciasse o jogo pela bola cinco, pois ele podia a partir daí fechar a partida.
Controlava bem a bola branca, saía de sinucas com certa tranquilidade,
mas seu forte mesmo era meter as bolas na caçapa. Seu grande defeito era perder
facilmente o controle do jogo, pois era um tipo muito irritadiço. Ambos eram
muito bons nas colocações, ficadas, seguidas, paradas, puxadas e imprimiam com
seus tacos diversos efeitos na bola branca, eles conheciam plenamente, com precisão matemática, todas as
tabelas da mesa. Nunca assisti um duelo entre Esmeraldo e Amaro Cu de Apito. Dizia-se
que sempre que se enfrentaram Amaro saíra vencedor. Certa vez, presenciei um
clássico da sinuca: Amaro Cu de Apito e um certo, a época, campeão pernambucano, jovem de Recife tido
como melhor jogador do estado. Amaro papou o bicho, partida ontológica, jamais
presenciei jogo de tamanha envergadura: duelo de gigantes. Nem nos jogos que mais
recentemente assisti pelo campeonato brasileiro de sinuca, promovido pela TV
Bandeirantes, cuja estrela maior era o jogador Rui Chapéu, eu pude ver igual espetáculo. Malabarismos a
parte, pau a pau, eu ficaria até hoje com Amaro Cu de Apito e Esmeraldo, principalmente
com este último, de quem guardo boas lembranças.
O engajamento em
atividades intelectuais e políticas me afastaram de jogos, inclusive do futebol e
da sinuca. No meu exílio em Natal, poucas vezes fui a salões de sinuca. Levado
pelo meu querido e saudoso primo Cláudio, eu fui uma ou duas vezes peruar num sala de
bilhar e sinuca que ficava salvo engano na Rua Princesa Isabel. Meu primo
gostava de jogar, mas era inexpressivo e mau apostador, quase sempre perdia.
Conheci nesse salão um único bom jogador, não me lembro de seu nome, mas eu sei
que seu apelido era Caju. Pouco tempo
depois voltamos a nos encontrar no Grande Ponto, e durante anos fizemos parte do grupo das
Cocadas, turma que se reunia a noite na Praça Kennedy pra conversar sobre tudo.
Ele era um tipo de comportamento esquisito e excessivamente cuidadoso. Estava
sempre com o cabelo bem penteado e cultivava uma trunfa, não admitindo que
ninguém passasse a mão na sua cabeça, esse gesto era motivo para deixá-lo muito
irritado. Sua calça tinha vincos bem alinhados, camisa impecavelmente engomada e ensacada
na calça, diziam até que ele quando ia defecar tirava a calça, camisa, cueca, meias e sapatos, arrumava-os cuidadosamente e
fazia o serviço nuzinho como viera ao mundo para não machucar a roupa. Depois de algum tempo, vim a
saber que ele era irmão de criação de minha querida amiga Eró, e ainda irmão de Isolda, companheira na luta
contra a ditadura militar, que foi presa,
torturada e depois exilada no Peru, ora ela é professora na Universidade federal do
Rio grande do Norte.
Lembro-me vagamente que
em 1966, eu tive uma leve recaída pelo jogo de sinuca e me motivei a disputar uma partida, numa sala que havia na Rua Presidente Bandeira (Alecrim), com Iram Pontual, colega de trabalho no Departamento Estadual de
Imprensa. Iram aprendera no interior a jogar desde criança, era um exímio
jogador e me bateu com certa facilidade. Eu estava fora de forma, enferrujado e sem
muita vontade de insistir no jogo, pedi arreglo e caí fora depois da terceira
derrota. Sem muita motivação eu disputei algumas partidas com o amigo Rubem G.
Nunes (Rubão), que tinha em sua casa uma mesa de sinuca, os adversários eram
fracos. Creio, certamente, que durante
mais de dez anos não peguei num taco de sinuca.
Mesa de Bilhar, medidas oficiais |
1978, no Acre, quando
gerente administrativo do SESC, eu voltei a jogar algumas partidas de sinuca
com meu grande e saudoso amigo Jaime Ariston. A mesa de sinuca era do SESC,
instalada na sua sala de recreação; lá, vez por outra, reuníamo-nos com amigos
para jogar sinuca. Mesmo estando eu fora de forma, Jaime não era páreo a minha altura. Dois
jogadores sempre me surraram quando com eles disputei partidas: Antonio Barbosa
( Babe), amigo de Natal que levei pra trabalhar em Rio Branco na delegacia do
SESC, e Guilherme, acreano de quem me tornei amigo.
Salão de jogos do Café dos 36 Billiares - Buenos Aires |
Lembro-me bem de que
quando cheguei ao Acre não havia casas de bilhar e sinuca com mesas
profissionais em Rio Branco. O jogo era cultivado em clubes locais de classe
média. Não tive notícias de bons jogadores na cidade, com exceção de Guilherme
que jogava igualmente a Barbosa, o amigo Babe. Nunca consegui realizar o
projeto de um campeonato de sinuca no Acre, com a intenção de divulgar e
cultivar essa modalidade de jogo exclusivamente como mais uma alternativa de
lazer, principalmente para os comerciários.
Centenário Café dos 36 Billiares - Buenos Aires |
Por falta de dedicação, esforço e
competência nunca pude chegar à condição de bom jogador de sinuca, mesmo que
amador. Quando ainda jovem eu ouvi referências a um filme
americano, estrelado por Paul Newman no papel de Fast Eddie Felson, cujo enredo tratava da vida de um jogador
profissional de sinuca, que se deslocava de cidade em cidade para enfrentar
adversários de igual calibre, com apostas de alto valor. Mas sua glória definitiva
somente seria alcançada se conseguisse desafiar e derrotar o lendário campeão
Minnesota Fats (Jackie Gleason), que foi indicado ao Oscar de ator coadjuvante. O filme foi indicado ao Oscar em nove modalidades, ganhou os prêmios de direção de arte e fotografia em preto e branco. Antes tarde do que nunca, eu, recentemente, graças ao DVD, vim a assistir a esse filme:
Desafio à corrupção (The Hustler) dirigido por Robert Rossen (1961), com Paul
Newman, Jackie Gleason, Piper Laurie e George C. Scott, e pude constatar que a
sinuca, como geralmente todo jogo profissional, condiciona a formação de máfias
ou atrai sujeitos inescrupulosos que passam a ter o seu controle, quase sempre
pelo uso da força, e certamente esses ambientes por eles controlados tornam-se
submundos do crime, onde as drogas e a violência encontram campo fértil para
prosperar e instaurar seu domínio. Na década de 1980, Martin Scorsese fez o filme A cor do dinheiro, dando continuidade ao Desafio à Corrupção, novamente com Paul Newman, contracenando com o novato Tom Cruise e a bela Mary Elizabeth Mastrantonio. O velho campeão de sinuca Eddie Felson (Newman) tenta ensinar ao talentoso jovem jogador (Cruise) de como se transformar num campeão sem cometer os seus erros no passado. Por esse bem realizado filme Paul Newman conquistou seu único Oscar, fato que veio demais tardio para o grande ator que foi. No Brasil, creio que apenas um filme fez referência ao jogo de sinuca: Vai trabalhar vagabundo, dirigido por Hugo Carvana (1973). Lembro-me bem da partida de sinuca disputada entre Russo e Babalu, considerados os dois melhores jogadores que frenquentavam certo salão situado em um bairro do Rio de Janeiro.
Nota: O jogo de sinuca
na sua versão brasileira de meu tempo era jogado geralmente com duas bolas
vermelhas com valor de um ponto cada; bola de cor amarela com valor de dois;
bola de cor verde com valor de três; bola de cor marrom com valor de quatro;
bola de cor azul com valor de cinco; bola de cor rósea com valor de seis; e
bola de cor preta com valor de sete pontos. A bola branca servia exclusivamente
para ser acionada pelo taco como meio de impulsionar em direção às caçapas as
outras bolas. O jogo era feito geralmente com nove bolas, podendo ainda ser
adicionadas mais duas de cor vermelha, perfazendo o total de 11 bolas. As bolas
eram distribuídas numa mesa sobre figuras geométricas: triângulo e semicírculo.
Na base do triângulo eram postas num dos extremos a bola vermelha, no meio a
preta, e a outra vermelha, no outro extremo da base; a bola rósea ficava no
vértice do triângulo. No centro da mesa ficava a bola azul; as outras bolas eram
postas na linha reta do semicírculo, na ordem seguinte: a direita de quem
começa o jogo a bola amarela, logo a seguir a bola branca, depois a bola quatro
e por último a bola três. Os lugares onde estão postas as bolas são devidamente
marcados e com distâncias iguais. A mesa tinha forma retangular, medindo 2,84 m de comprimento x
1,42 m de largura, com fundo de pedra coberto por feltro de cor geralmente verde, laterais revestidas com perfis
de borracha, com altura aproximada de uma bola; as laterais também são forradas com feltro de cor verde. Dispunha ainda
de seis caçapas feitas em tecido ou couro: três em cada um dos lados no comprimento do retângulo, separadas por distâncias
iguais. Os outros acessórios do jogo são dois tacos, um para cada jogador, o
gavião de apoio, giz, e marcador de pontos. O bilhar tinha estrutura mais
simples: mesa menor com fundo de pedra
forrado com feltro, laterais revestidas com perfis de borracha, não tinha
caçapas, três bolas, uma delas somente
para carambolar, tacos, giz e marcador de pontos. Nunca entendi a versão
americana do jogo de sinuca, o que mais se aproxima dele, a meu ver, é a versão
brasileira do jogo que se chama mata-mata. A nossa forma de jogar sinuca era mais próxima da versão snoocker inglesa
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